“Espaços emergentes, resignificando limites”
"O direito à cidade não é simplesmente o direito de acesso ao que já existe, mas o direito de mudar de nossos anseios mais profundos."
"Derecho a la ciudad"
por David Harvey.
“O que acontecería se nos permitissemos supor que existem varias cidades coexistindo dentro do que normalmente se entende por Montevidéu? Até onde chega esta cidade como uma só, ou como múltiplas que colidem, interagem, se tensionam e coexistem entre distintas dinámicas que as integram e dividem? O espaço do limite, espaço do conflito como das possibilidades, e o que reconhecemos como lugar de ação e experimentação onde da melhor maneira podemos perceber o aqui e agora de uma cidade em seus processos transformadores e realidades complexas. A cidade será abordada não como abstração por meio de alguma representação que nos permita entendé-la em uma realidade global, mas sim desde os microrelatos urbanos que a tecem em um dia, desde a escala de nós mesmos como habitantes o fatores, escala que nos permita interferir, transformar, modificar, incidir desde a potencialidade da própria individualidade e o trabalho em conjunto; explorar o ir fazendo a cidade de forma directa, e nesse fazer aprender das situações que a geram, a transmutam e a potencializam; essa protocidade ou cidade primitiva, de arquitetura espontânea, de padrão mutável e que consegue tranduzir em seu ser mateiral e político e construção. Desde o despertar de nossa capacidade de fazer (consciência de ação), e seu correlato coletivo (noção “du outro”) buscaremos abordar estas problemáticas e fazer um aporte á cidade desde o enriquecimento de nossa própia formação profissional e humana, e o trabalho em conjunto. O coletivo Gris Público Americano, em seu prólogo do livro “Paraformal” põe o foco de atenção justamente naquela essência que parece passar desapercebida na vida de cidade, mas que é a que, em seu acontecer, vai moldando nosso habitar:
Olhar os pequenos –muitas vezes não tão pequenos- sinais, virar nossa atenção para o que não é evidente se torna, mais que uma ação interessante, uma necessidade na hora de compreender por onde transcorre o impulso das relações urbanas no mundo atual. É necessário, portanto, registrar e involucrar-se nas maneiras em que as pessoas se apropriam do espaço e chegam a transformar as carências das arquiteturas tradicionais em oportunidades presentes.”
Prólogo por Ricardo Ramón Jarne do livro
“Paraformal. Ecologías Urbanas”, GPA – Gris Público Americano.
É assim que a temática se apresenta através de três eixos o leitmotiv que se potencializam um com o outro para o desencadeamento de seus processos:
PROTOCIDADES
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As por nós denominadas “PROTOCIDADES”, significando o espaço das possibilidades, a cidade antes do planejamento, uma questão mais primitiva e modificável ao alcance da vista e da mão do habitante. Transmutáveis na natureza e as mudanças dinâmicas as provas protociudad que estão latentes na cidade consolidada. Atuando nesses espaços é entender a cidade emergente no presente.
CONSCIÊNCIA DE AÇÃO
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Consciência de ação, é despertar em cada um de nós, o impulso ea cidade sabendo que podemos fazer a partir do indivíduo e suas próprias possibilidades, interesses e sonhos.
NOÇÃO "DO OUTRO"
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A noção “do outro”: este terceiro e último eixo consiste no correlato coletivo de nos mesmos fazendo na cidade, Viver em sociedade é estabelecer acordos, e este terceiro ofertas eixos com a nossa forma de fazer um lugar no mundo, onde os interesses e ideais em comum é fator de ligação, tornando a cidade uma estrutura, operando em conjunto, nos permitem alcançar nossos objetivos
Vamos explorar como cada um de nós como cidadãos nos expressamos uma consciência coletiva:
"Essa pessoa não é um absoluto e imutável, mas um ser social, aberto à influência e controle. Concepção relacional do indivíduo enfatiza a porosidade entre ele eo mundo. Em seguida, faz uma questão fundamental. Será que moldam a comunidade para a pessoa ou a pessoa à comunidade?
"David Harvey, em seu artigo" Cidade e da Justiça
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